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Dois dos valores mais altos a ser considerado em uma fábrica de ração é o calculo de energia elétrica e vapor.

O primeiro é um custo fixo que mensalmente as empresas tem que arcar para que a continue funcionando e produzindo ração.

Já o vapor ele onera o investidor logo no start up da fábrica, pois é um equipamento necessário para que a fábrica produza ração de qualidade, mas a um curto médio prazo ele torna o processo produtivo muito mais competitivo por utilizar combustíveis com menor valor agregado.

Atualmente a maioria das empresas de ração utilizam como combustível para a caldeira lenha, ou seja, toras de madeira de reflorestamento, mas nos últimos 2 anos houve uma grande entrada do uso de cavaco de madeira e mais recentemente em uma viagem que fiz ao Maranhão me falaram sobre o uso de casca de babaçu.

Dois itens considerados subprodutos ou melhor dizendo itens de descarte, está sendo considerado combustível fundamental na redução de custo nas fábricas de ração.

E o mais interessante, é que em algumas empresas é possível comprar a caldeira para trabalhar com ambos combustíveis e não é necessário fazer adaptações ou ter que desembolsar altas quantias de capital para utilizar um combustível ou outro.

O epicarpo e o endocarpo são constituídos basicamente por celulose e, devido as suas características físicas, devem ter seus usos mais imediato como combustível e na produção do carvão, respectivamente. O epicarpo tem condições de fornecer um combustível com poder calorífico de origem de 3.800 Kcal/kg (INT – 1977).

Mesmo quando se utiliza combustíveis como gás ou óleo para a caldeira, assim possível ter alguma economia, pois as empresas do ramo estão sempre procurando uma forma de fazer com que a caldeira tenha uma boa produtividade e tenha um baixo custo de consumo de combustível, mas mesmo assim esse valor não se equipara ao uso de lenha, cavaco ou biomassa.

Diferentemente do consumo de vapor em uma fábrica de ração, na qual existe alternativas de redução de custo, o consumo de energia elétrica começa a caminhar a passos lentos na mesma direção.

Um bom sinal que estamos recebendo sobre esse ponto é o uso de parques eólicos comum no Nordeste, e no restante do país parques fotovoltaicos, estão sendo uma alternativa muito mais viável para fábricas de ração.

Dentro do site do Portal R2S existem algumas notícias relatando o uso destes parques fotovoltaicos na região Norte, Centro Oeste e Sudeste, apesar do alto custo de implantação por causa da baixa eficiência da conversão de energia das placas, algumas empresas estão se associando para fazer esses parques e com isso poder restituir parte do dinheiro gasto com a compra de energia elétrica.

Mas o modo mais econômico de se produzir ração e pagar um valor menor no consumo de energia é fazendo a compra de energia pelo sistema de Mercado Livre.

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negócios em que vendedores e compradores podem negociar energia elétrica livremente entre si,
isso permite que consumidores industriais e comerciais contratem seu fornecimento de energia, negociando preço, prazos e condições comerciais
diretamente com os geradores e comercializadores.

Existem dois tipos de ambientes para contratação da energia, são eles:

AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA (ACR) – MERCADO REGULADO

A contratação de energia no Mercado Regulado é realizada entre o consumidor cativo e a concessionária de distribuição a qual ele está conectado.
Esse tipo de contratação não permite negociação de preços, ou seja, cada unidade consumidora paga apenas uma fatura de energia mensalmente, incluindo os serviços de distribuição e geração da energia, com tarifas estabelecidas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE (ACL) – MERCADO LIVRE

Ao contratar a energia de forma customizada, as suas atividades tornam-se mais competitivas.
A negociação deve obedecer às regras de comercialização definidas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Cada unidade consumidora paga uma fatura referente ao serviço de distribuição para a concessionária local (tarifa regulada) e uma ou mais faturas referentes à compra da energia ao gerador ou comercializador (preço negociado de contrato).

Enquanto os sistemas de geração de energia alternativos não estiverem a um preço acessível o Mercado Livre continuará sendo a melhor alternativa para que as empresas possam reduzir os custos com a energia elétrica.

E por último falei um pouco sobre as embalagens e os custos que elas tem na produção de ração. Esse tópico vou abordar em um texto separadamente pois existem vários pontos a serem abordados na escolha de uma embalagem.

Por hora vamos focar nos números que usei como exemplo, para que cada um possa utilizar a planilha para acertar os cálculos na área produtiva.

Na próxima semana estarei finalizando esse assunto com o resumo geral e fazendo um comparativo entre a linha de 6 ton/h e a de 2 ton/h, dessa forma poderemos concluir qual linha produtiva fornece melhor retorno financeiro em menor tempo.

Um forte abraço e até a Próxima…

Eng. Rafael RS