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15/02/2021
Imagem: twenty20photos, de envatoelements Imagem: twenty20photos, de envatoelements

Com o aumento da população vegetariana e vegana no mundo, cada vez mais empresas têm investindo em carnes produzidas em laboratório. E, em breve, este tipo de produto também estará disponível para os animais de estimação.

Nos Estados Unidos, Shannon Falconer e Joshua Errett, fundadores da Because Animals, são alguns dos fabricantes que estão de olho nesse mercado. Eles estão desenvolvendo uma comida para gatos a partir de suas presas favoritas, os ratos. O plano é iniciar a venda até o final do ano.

Como informa o The Economist, os pesquisadores da empresa, com sede na Filadélfia, isolaram células-tronco murinas de uma biópsia da pele de um roedor e as multiplicaram. E eles garantem que o animal envolvido no processo não foi explorado de forma injustificada e que se aposetou após a doação para viver com um de seus cientistas em uma "casa de rato de pelúcia".

Um dos concorrentes da Because Animals, o Wild Earth, de Berkeley, na Califórnia, teve uma ideia parecida, mas acabou mudando de rumo por acreditar que, para atingir seu objetivo, a produção envolveria matar camundongos de laboratório. Agora, a empresa trabalha em parceria com outros desenvolvedores de carne cultivada para investigar as possibilidades de usar de células de peixes e de frango. Ela planeja, também até o final de 2021, lançar produtos feitos misturando-as às suas fórmulas de ração vegana.

A Bond Pet Foods de Boulder, do Colorado, está desenvolvendo algo um pouco mais distante dos alimentos convencionais para pets. Em vez de cultivar as células de galinhas diretamente, a empresa está inserindo genes para proteínas de frango nutricionalmente importantes em células de levedura de cerveja. A companhia espera ter comida para cães contendo proteínas extraídas dessas células à venda até 2023.

As novidades deverão chegar ao mercado a um preço premium e, com elas, as empresas poderão reivindicar credenciais verdes. Segundo Falconer, da Because Animais, um quilo de carne cultivada gera apenas 1,7 kg de emissões de dióxido de carbono, em comparação com 27 kg atribuíveis à mesma quantidade de carne bovina. Toneladas de células também requerem muito menos terra e água do que os animais de criação.

fonte: Época Negócios