• Telefone: +55 16 3934-1055 / +55 16 3615 0055
  • E-mail: ferraz02@ferrazmaquinas.com.br
14/02/2024

Fonte: https://blog.aegro.com.br/

Fertilizante organomineral: entenda os benefícios e como eles podem aumentar a produtividade

A produção agrícola brasileira é dependente da importação de corretivos e fertilizantes. E, quando as cotações mudam, você sabe que o impacto pode ser enorme nos custos de produção da sua lavoura.

Os fertilizantes organominerais são uma fonte alternativa interessante em relação aos convencionais, além de serem mais sustentáveis.

Mas, você sabe quais são as diferenças entre eles e quando pode ser realmente vantajosa sua utilização?

Confira um pouco mais sobre a importância dos fertilizantes organominerais e as perspectivas para uso em sua lavoura!

Uso sustentável de fertilizantes

Dados da Anda (Agência Nacional para Difusão de Adubos) mostram que as importações de fertilizantes intermediários cresceram 15,1% entre os meses de janeiro a maio de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, chegando a 10.656.063 milhões de toneladas.

O Brasil é um país altamente dependente da importação de fertilizantes para uso agrícola. Fontes alternativas como os fertilizantes organominerais podem trazer benefícios, principalmente por atuarem além da fertilidade do solo.

Os organominerais podem contribuir com o aproveitamento de resíduos orgânicos de origem animal e vegetal, aumentar os teores de matéria orgânica do solo e como consequência a atividade da microbiota do solo.

Agora, vamos explicar as características dos fertilizantes organominerais e sua diferença com relação aos convencionais.

Quais as diferenças entre os fertilizantes organominerais e os convencionais?

Os fertilizantes organominerais são combinações de fontes orgânicas, como por exemplo, o esterco animal de aves e suínos com outro fertilizante mineral.

Em relação ao esterco animal, o fertilizante organomineral apresenta maior concentração de nutrientes por se tratar de um produto mais estável e uniforme.

Esses fertilizantes geralmente possuem solubilização gradativa e podem ser disponibilizados ao longo do ciclo de uma cultura.

A vantagem dos fertilizantes organominerais sobre os minerais é o fornecimento da matéria orgânica, além dos macro e micronutrientes.

A Instrução Normativa n.º 61, de 8 de julho de 2020, do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) estabelece as regras e outras especificações sobre fertilizantes orgânicos e dos biofertilizantes destinados à agricultura.

Os fertilizantes organominerais sólidos ou fluidos para aplicação via solo ou fertirrigação devem conter:

  • carbono orgânico: mínimo de 8% (oito por cento) para produto sólido e 3% (três por cento) para o produto fluido;
  • umidade: máximo de 20% (vinte por cento) para produto sólido;
  • CTC: mínimo de 80 (oitenta) mmolc/kg para o produto sólido;
  • nitrogênio (N), fósforo (P2O5), potássio (K2O), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) de no mínimo 1%, além de micronutrientes.

Existe também uma classificação para estes fertilizantes, conforme a instrução normativa. Os fertilizantes organominerais devem ser classificados a partir das matérias-primas utilizadas na sua produção em:

  • Classe A: produto que utiliza matéria-prima gerada nas atividades extrativas, agropecuárias, industriais, agroindustriais e comerciais, isentas de despejos ou contaminantes sanitários;
  • Classe B: produto que utiliza quaisquer quantidades de matérias-primas orgânicas geradas nas atividades urbanas, industriais e agroindustriais e apresenta o uso autorizado pelo Órgão Ambiental.

A instrução normativa também indica algumas restrições quanto ao uso de fertilizante organomineral do tipo Classe A ou outros que possuam quantidade de resíduos de origem animal em áreas de pastagem.

Seu uso é permitido em pastagens e capineiras apenas quando incorporado ao solo. Em pastagens, o pastoreio só deverá ser permitido após 40 dias de incorporação do fertilizante no solo.