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04/10/2021
Imagem: IciakPhotos, de envatoelements Imagem: IciakPhotos, de envatoelements

Muitos dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem, mas talvez haja outro capítulo nessa história de companheirismo. Não há consenso entre os cientistas, mas novos indícios demonstram que a domesticação desses animais tenha iniciado há cerca de 40 mil anos. Nesse processo evolutivo das raças, chegamos a um ponto em que a tecnologia permite a especialização da produção de ração para cães em função do porte, idade, raça, preferência alimentar, estado fisiológico, entre outros, o que confere um nível de qualidade superior às suas dietas.

Os cães fazem parte da Ordem Carnívora, mas os seus hábitos são carnívoros não restritos. Isso significa que eles se alimentam tanto de ingredientes de origem animal, quanto vegetal. São essas fontes de alimentos que concedem todos os nutrientes para se desenvolverem plenamente. Ainda que sejam considerados membros das famílias, é importante lembrar que eles não devem comer muitos dos itens que fazem parte da nossa alimentação, como chocolates, uvas e cebolas.

Por essas e outras razões, os alimentos balanceados são as melhores opções para todos os cachorros. Mas existe diferença entre ração para cães de pequeno e grande porte? Quais são as particularidades na produção de cada uma? Continue a leitura e entenda!

Por que existem diferentes rações para cada categoria de raças caninas?
O processo de domesticação de cães e a seleção por características que levassem a um animal adaptado para ocupar diferentes nichos nas sociedades gerou uma gama impressionante de raças. Mesmo que continuem sendo todos cachorros e que tenham os mesmos traços primitivos, as raças evoluíram de tal maneira que, hoje, cada uma tem a sua particularidade.

Os cães são classificados em diversas categorias e, entre elas, está o seu porte. Mas, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a diferença vai muito além de seus tamanhos. Isso porque a manifestação de uma característica, muitas vezes, está atrelada à outra.

O que ocorre é que cachorros de pequeno, médio e grande porte têm hábitos, estilo de vida, atributos, metabolismo e longevidade diferentes. Isso significa, portanto, que a sua dieta pode ser adaptada, visto que apresentam necessidades distintas. Afinal, parece óbvio que um Chihuahua tenha demandas nutricionais diferentes das de um Mastiff, certo?

Quais são as principais etapas na produção de ração para cães?
Em primeiro lugar, independentemente de ser ração para cães de pequeno ou grande porte, o seu processo de fabricação tem como principal objetivo a qualidade do produto. Isso começa desde a escolha de fornecedores e de matérias-primas e chega até a elaboração das embalagens, que preservam a ração e suas propriedades.

Entre esses dois pontos da cadeia produtiva, há a seleção dos melhores ingredientes, que darão um aporte nutritivo maior para os animais. Além disso, a definição dos ingredientes é feita de acordo com a necessidade do alimento específico, assim como o tipo de processamento realizado.

Então, de maneira bastante simplificada, podemos descrever o processo de fabricação de rações secas extrusadas. A maioria desses ingredientes já entra no processo seco, com uma umidade muito baixa, não ultrapassando os 10%. Primeiramente, eles passam pela moagem, que quebrará as partículas em tamanhos adequados.

Após essa etapa, vem a mistura, que faz com que essas partículas fiquem igualmente distribuídas pelo produto. Essa mistura passa, então, para uma máquina extrusora que tem alguns papéis importantes na fabricação de ração: cozinhar e estruturar o amido, dar o formato ao produto, eliminar contaminantes microbiológicos, aumentar o aproveitamento do alimento pelo animal e promover maior palatabilidade.

Nesse momento, adiciona-se um pouco de água para cozinhar o amido e, nesse ponto, o composto tem 18% a 22% de umidade. No final do processo, a máquina extrusora tem um disco (matriz), cujos furos darão a forma do grão de ração, também chamados “kibbles“. Depois disso, a ração passa pela secagem, cobertura, recobrimento e, então, pela embalagem.

Os grãos de ração devem ter granulometria adequada para cada fase de vida do cão, bem como sua densidade e textura. Isso significa que os kibbles devem ser secos para a sua conservação, mas não a tal ponto que prejudique a palatividade e a digestibilidade dos cães.

Quais as particularidades na produção de ração para diferentes portes de cães?
O processo descrito acima é geral para a fabricação de todas as rações. No entanto, como mencionamos, as categorias de cães têm demandas diferentes e, por isso, recebem tratamentos distintos. Para elaborar a melhor ração para diferentes portes de cães é preciso entender as particularidades de cada perfil.

São considerados de pequeno porte os cachorros que têm até 10 kg, tais como o Pug, o Chihuahua, o Shih-Tzu, o Yorkshire, o Bulldog Francês, Spitz Alemão, entre tantos outros. De maneira geral, os cães pequenos são bastante dinâmicos, ativos e agitados. Movimentam-se com agilidade, gostam de brincar e correr e, por isso, a ração deve conter toda a energia de que necessitam.

Além disso, eles têm uma expectativa de vida maior quando comparada à dos cães de grande porte, podendo ultrapassar os 15 anos. É muito importante levar isso em consideração no momento da fabricação de ração, pois a dieta que é fornecida a eles durante toda a sua vida ajuda que eles alcancem a fase idosa com saúde.

Os cães de médio porte são aqueles que medem de 36 cm a 49 cm e pesam de 15 kg a 25 kg. Entre eles estão o Cocker Spanial, o Bull Terrier, Shar Pei, Bulldog Inglês e Border Collie. Já os de grande porte medem de 50 cm a 69 cm e seu peso gira em torno de 25 kg a 45 kg. Labrador, São Bernardo, Golden Retriever, Pastor Alemão e Sheepdog são exemplos de raças dessa categoria.

Para eles, as dietas devem ter medidas controladas de cálcio, fósforo e minerais que mantêm a estrutura óssea adequada e garantem a proteção e o bom desenvolvimento das suas articulações, quando ainda forem filhotes. Além disso, as suas rações precisam conter teores controlados de energia, já que necessitam ter um controle de peso para evitar o desencadeamento da obesidade e suas consequências como diabetes, problemas cardíacos e nas articulações.

As rações também são formuladas para as particularidades de cada raça. Por exemplo, para os cães de guarda como Pastor Alemão prioriza-se o cuidado com os ossos e cartilagens, enquanto para o Rottweiller, suplementos que fortalecem sua imunidade. Já o Bulldog Inglês necessita de um grão cuidadosamente elaborado para a apreensão adequada de seu focinho curto.

Dessa forma, além dos ingredientes que compõem a base das rações (proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, minerais e vitaminas), são adicionados suplementos alimentares como os nutracêuticos, que têm a capacidade de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção de doenças. Os conservantes são considerados aditivos tecnológicos (aqueles que auxiliam o processo de fabricação em si) e preservam o produto após pronto.

Os palatabilizantes têm um papel essencial na fabricação de rações — e o fazem com excelência — para agradar e estimular os cachorros a comerem. Os corantes, porém, não têm nenhuma função nutritiva nem tecnológica, somente servindo para agradar os tutores ou uniformizar a cor da ração.

Outro ponto importante de que não se pode esquecer também, é que entre os cães de pequeno porte estão os mini e os toys. Um grão de ração grande demais pode ser um obstáculo tanto na hora da apreensão do alimento quanto na sua ingestão (eles podem se engasgar caso o kibble não tenha o tamanho adequado).

Entre pelos longos e curtos, focinhos compridos ou achatados, todos os cães precisam de uma dieta equilibrada, rica em nutrientes de diversas fontes (carnes, peixes, fibras vegetais, gorduras e cereais). As rações para cães de pequeno, médio e grande porte entram nesse caso, devendo auxiliar o seu crescimento, bem como o seu desenvolvimento e saúde de forma geral.

fonte: Nutrição e Saúde Animal