• Telefone: +55 16 3934-1055 / +55 16 3615 0055
  • E-mail: ferraz02@ferrazmaquinas.com.br
11/01/2021
Imagem: Olivier_Le_Moal, de envatoelements Imagem: Olivier_Le_Moal, de envatoelements

Mais do que o aumento das instalações e propriedades, nos próximos anos a suinocultura nacional buscará o crescimento da produtividade. Tendo em vista o impacto da nutrição no custo total de uma granja, ao redor de 65% – 70%, tecnologias que otimizem o aproveitamento dos nutrientes pelos animais e aumentem os índices zootécnicos tornam-se interessantes.

Nesse âmbito, a peletização das rações surge como alternativa para melhoria de desempenho e retorno econômico, redução dos efeitos deletérios de toxinas e microrganismos na ração, entre outros, aumentando consecutivamente a produtividade.

O processo consiste fundamentalmente em submeter a ração farelada à umidade, calor e pressão mecânica, culminando na formação dos pellets. Esse processo aumenta a exposição dos grânulos que são melhor digeridos pelas enzimas gastrointestinais, disponibilizando mais nutrientes ao organismo dos suínos.

Analisando o desenvolvimento dos suínos desde o nascimento até o abate, diversos benefícios da peletização podem ser enumerados. Ao redor do desmame e durante toda a fase de creche, a tecnologia é utilizada para maior disponibilização da energia e melhoria da conversão alimentar.

Esses benefícios tornam-se ainda mais interessantes, pois o leitão saído da maternidade sofre uma abrupta mudança de ambiente e tipo de alimento, indo do leite materno para a ração sólida, e precisa de nutrientes facilmente assimiláveis no período de creche.

O suíno em crescimento e terminação (período de aproximadamente 3 meses) apresenta o maior consumo de ração proporcional em relação às outras fases da criação. Dessa forma, peletizar a ração nessas fases pode não só potencializar o desempenho, mas também aumentar o retorno líquido sobre o investimento, através de redução de desperdício de ração, maior aporte energético para o animal, incremento em peso e qualidade da carcaça.

Vale a pena ressaltar que devemos nos atentar a diversos aspectos inerentes ao processo, como: qualidade dos ingredientes, moagem, mistura e tratamento térmico adequados, além do manuseio correto da ração, após todo esse processo, visando maior qualidade dos pellets.

Isso porque existe uma correlação direta entre porcentagem de finos na ração peletizada no comedouro e o desempenho zootécnico. Os diversos benefícios da peletização, no tocante ao aumento da produtividade dos suínos, devem ser avaliados de acordo com a realidade de cada sistema de produção, para que possam trazer o máximo retorno financeiro ao produtor.

fonte: Suinocultura Industrial, escrita por Diego Duran